História

Transformação com legado e história

Capacidade de empreender, inovar e construir.

A origem da MOVER vem da criação da Camargo Corrêa, em 1936, quando Sebastião Camargo e Sylvio Corrêa, dois microempreendedores da construção firmaram parceria e abriram um pequeno escritório no centro de São Paulo.  Em 27 de março de 1939, se constitui a Camargo, Corrêa & Cia. Ltda. – Engenheiros e Construtores, que passaram a atuar oficialmente como construtora. Com capital de 200 contos de réis e sede na Rua Xavier de Toledo, centro da capital paulista, a empresa teve como sócios Sebastião Ferraz de Camargo Penteado, Sylvio Brand Corrêa e Mauro Marcondes Calasans (os dois últimos deixaram a participação no quadro societário da companhia). De lá para cá, são oito décadas de conquistas e realizações que ajudaram a conectar o Brasil, com negócios diversificados e a capacidade de empreender, inovar e construir.

Nesse período, a Camargo Corrêa esteve e está presente em grandes vias como a Presidente Dutra e a Fernão Dias; na Castello Branco, que ajudou o interior de São Paulo a dar um salto de crescimento, ligando importantes cidades do oeste paulista. Ainda a companhia participou da construção de usinas, como as hidrelétricas de Itaipu, uma das mais importantes do mundo, e de Jupiá, além de obras simbólicas do país como a Ponte Rio-Niterói. Também fez história ao ter seu nome gravado na construção de Brasília, na ligação do Eixo Residencial Sul com o Aeroporto. Além disso investiu no setor industrial, tornando-se líder de mercado na produção de cimento, com a InterCement; e hoje conta com empresas de diversos setores, que são destaque em seus mercados de atuação – Camargo Corrêa Infra, HM Engenharia e CCR.

São fatos que comprovam a capacidade da Camargo Corrêa de empreender, de inovar e de fazer a diferença em seus 80 anos de atividades e que a levaram a um novo patamar: sob a marca MOVER, iniciou um ciclo de crescimento como gestora de portfólio em um modelo de atuação multissetorial.

Oito décadas de história, conquista e realizações.

O primeiro grande contrato da Camargo Corrêa vem dos anos 1940, junto ao Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP): a terraplanagem de um trecho de 12 quilômetros, em Apiaí (SP). Nos anos seguintes, a Camargo Corrêa estreia no setor de aerotransporte, contratada pelo Ministério da Aeronáutica, para executar obras na Base Aérea de Santos, em Guarujá (SP).

 Em 1946, é constituída a Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A., sucessora da Camargo Corrêa & Cia. Ltda. – Engenheiros e Construtores, que já dá passos importantes no setor, firmando, em 1947, um novo contrato, desta vez com a Cia. Paulista de Estradas de Ferro, que marca a estreia da Camargo Corrêa no setor ferroviário.

Nos anos 1960, a empresa deu um salto de crescimento e abriu mercados, passando a atuar na indústria de cimentos. Também nessa década a Camargo Corrêa se instalou em sua atual sede, no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo.

A década de 1970 marcou avanços importantes para a infraestrutura no Brasil. Um dos destaques foi a construção da linha Norte-Sul do Metrô de São Paulo, marcada pelo pioneirismo e pela engenhosidade da Camargo Côrrea, que introduz no País as máquinas Shield, os "Tatuzões", que permitem a escavação de túneis sem prejuízo às edificações existentes. Na mesma década, a companhia começa a execução da segunda linha do Metrô de São Paulo, a Leste-Oeste, em um período de oito anos.

Vale destacar, também, a Usina Hidrelétrica de Itaipu – a maior do mundo, com 12.600.000 kW de capacidade instalada – que no final dos anos 1970 ganha seus primeiros contornos – e a construção da Usina de Tucuruí, no Pará, em plena selva amazônica.

Internacionalização e Diversificação de negócios

Na liderança de um consórcio com empresas do exterior, a Camargo Corrêa participa da construção e montagem da Usina de Guri, na Venezuela. A hidrelétrica, com 10.132 MW, é concluída em dezembro de 1986. Em 1985, a Camargo Corrêa liderou o consórcio construtor do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), inaugurado em 20 de janeiro do mesmo ano.

Em 1990, outro marco: é inaugurado em São Paulo o Shopping Jardim Sul.  

A década de 1990 marca um período de consolidação da companhia em novos negócios, entre eles, o de concessões de energia e transporte, que ao final da década, responderiam por 17% e 5% das receitas brutas totais, respectivamente.

Em 1994, Sebastião Camargo vem a falecer, aos 85 anos, marcando a liderança de uma geração empreendedora, perseverante e firme em seu propósito de contribuir para o avanço da infraestrutura do país.

Em 1996, é criada a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, para atuar no segmento de imóveis comerciais e residenciais. Em março do mesmo ano, é constituída a holding Camargo Corrêa S.A., e Alcides Tápias assume a presidência do Conselho de Administração da nova empresa. Em maio, a Camargo Corrêa anuncia a sua entrada no bloco de acionistas controladores da Usiminas, que havia sido privatizada em 1991.

Em 1997, a companhia avança em seu planejamento de negócios com novas aquisições e participações em empresas de diferentes segmentos.  Em meados da década, adquire duas fábricas da Cimentos Cauê – em Pedro Leopoldo (MG) e Santana do Paraíso (MG). Com isso, a Camargo Corrêa Industrial, atual InterCement, duplica seu market share no setor, atingindo 10% do mercado. Em 1999, é fundada a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), da qual a MOVER detém 14,86% de participação acionária.

Novos negócios e reposicionamento

A política de diversificação de negócios avança, em meados da década, com a compra de 50% das ações ordinárias e 52% das preferenciais da Santista Têxtil – que mais adiante, passa por fusão com o grupo espanhol Tavex, dando origem à maior fabricante de denim do mundo.

Em outra frente, as ações de caráter social do conglomerado ganham força com a constituição do Instituto Camargo Corrêa (ICC) em 2000, instituição responsável pela estratégia da gestão social nas empresas do grupo.

Na maior transação de sua história, a Camargo Corrêa adquire o controle da Loma Negra, a principal produtora de cimento da Argentina. O negócio, no valor de US$ 1,025 bilhão, permite à Camargo Corrêa Cimentos, atual InterCement, duplicar a sua capacidade instalada muito antes do esperado: de cinco, passa a contar com 14 fábricas, e sua produção salta de 2,7 milhões para 5,7 milhões de toneladas ao ano.

Em 2007, a CCDI entra no mercado de incorporação e construção de moradias dedicadas ao segmento de baixa renda, com a aquisição de 51% da empresa HM Engenharia e Construções – no ano seguinte, a CCDI passa a deter o controle total da empresa.

No ano seguinte, a Camargo Corrêa passa a controlar 100% da Companhia Industrial e Mercantil de Cimentos, (Cimec) e inaugura instalações do Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape, em Pernambuco.

Em 2010, o grupo torna-se o maior acionista individual da Cimpor, com 33% de participação e anuncia a entrada no mercado africano com a compra de 51% das ações da Cimentos Nacala (Cinac).

2011 marca a mudança da identidade corporativa da Camargo Corrêa Cimentos, que passa a chamar-se InterCement, com a criação da InterCement Participações S.A., holding para o negócio cimento que reúne as operações do Brasil e demais países.

No mesmo ano, a InterCement anuncia novos investimentos na Argentina que somam US$ 400 milhões e incluem nova fábrica em San Juan, com capacidade para produzir 900 mil toneladas de cimento ao ano. Em paralelo, é encerrada a Oferta Pública de Ações (OPA) da InterCement pela totalidade do capital da Cimpor, cujo resultado garantiu a InterCement o controle de 94,81% do capital da cimenteira portuguesa.

Em 2015, a liderança da terceira geração assume a gestão da Camargo Corrêa S/A (CCSA) e inicia um movimento de transformação do modelo de negócio da companhia. No mesmo ano, a CCSA vende o controle da Alpargatas para a J&F Investimentos, em uma operação de R$ 2,66 bilhões.

Ainda em 2015, com estratégia de expansão da gestão social nas fábricas e intuito de aprofundar a formação de laços nas comunidades, a InterCement funda seu próprio Instituto.

Em 2016, a CCSA encerra sua participação na CPFL Energia, com a venda de 23,6% de sua fatia na empresa paulista para a chinesa State Grid por R$ 6,12 bilhões.

Em 2017, a demanda da Oferta Pública Inicial de Ações (IPO) da Loma Negra, na Argentina, na New York Stock Exchange (NYSE) e na Bolsas y Mercados Argentinos S.A. (BYMA) superou em onze vezes o volume ofertado, tornando-se o maior IPO da história recente da indústria de cimentos e o segundo maior da Argentina. Foram vendidos 48% do capital da InterCement Argentina, movimentando cerca de US$ 1 bilhão.

O processo de transformação do modelo de negócio iniciado em 2015 se consolida em 2018, com a criação da MOVER, marca que reflete o novo posicionamento estratégico da CCSA, de gestora de portfólio. Nesse movimento, a companhia inicia o processo de transição de identidade visual e comunicado aos principais públicos de relacionamento, dando início a um novo ciclo de negócio da CCSA.

Ainda em 2018, a MOVER faz a venda de 100% de suas operações têxteis da Santista para o grupo mexicano Siete Leguas, e a InterCement vende suas operações de cimento e concreto em Portugal e Cabo Verde para o grupo turco Oyak.

Em 2020, a Loma Negra realizou a venda de participação de 51% das operações de cimento do Paraguai, Yguazú Cementos S.A.

No ano de 2021, a CCR realiza conquistas relevantes com os leilões do Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte (MG) e a 6ª rodada de Concessões Aeroportuárias dos Blocos Central e Sul, tornando-se a maior operadora de aeroportos do Brasil, além da renovação da Nova Dutra e o leilão das linhas 08 e 09.

Em 2022, a Loma Negra finalizou o investimento em uma planta de expansão de L’amali, com geração de valor aproximado em US$ 350 milhões. Neste mesmo ano, a CCR realiza o acordo definitivo de São Paulo com extensão dos prazos de concessão da AutoBAN, ViaOeste e SPVias. Ainda em 2022, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) finaliza transação de venda de parte de seus ativos à Maersk.

Em janeiro de 2023, a Loma Negra finaliza transação de venda de sua unidade de produção de cimentos no Egito, permanecendo agora com 31 unidades fabris de cimento.

Em março de 2024, a MOVER vende o controle da Vexia para os empresários Francisco Ricardo Blagevitch e Sami Arap Sobrinho.

Transformação com legado e história